No dia 12 de maio de 2018, foi apresentado, na sede da Associação dos Professores da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (Apuc), o Estatuto do Instituto Altair Sales, criado para desenvolver Projetos e Programas Educativos, tais como a Enciclopédia Virtual do Cerrado, Cartilhas Antropológicas, além de um vasto Programa denominado Universidade Aberta do Cerrado.

A Universidade Aberta do Cerrado (UAC) surgiu da união e reflexão de um grupo de pessoas que nunca perdeu a esperança na possibilidade de um dia existir um mundo digno, baseado na justiça, na ética e na sustentabilidade.

O objetivo maior é o resgate da dignidade da pessoa humana fundamentado nos princípios da ética, da solidariedade e do conhecimento. Conhecimento este capaz de trazer a força necessária para enfrentarmos o medo do desconhecido.

O grupo envolve pessoas com habilidades e conhecimentos adquiridos dentro dos muros da academia e fora destes, na labuta diária de povos e populações pela busca do aprendizado da sobrevivência.

Nosso foco é o Cerrado em sua multidimensionalidade, sua sustentabilidade e sua diversidade que proporcionam um laboratório único e um mosaico de relações ecológicas e culturais. 

O Instituto que agora surge foi albergado, inicialmente, pela Cara Vídeo, pelo Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, Fazenda Santa Branca e APUC, instituições que assumiram a liderança do processo.

A cultura, as danças, os contos, as ladainhas dos povos do Cerrado são como os seus frutos típicos, têm cor, sabor, aromas peculiares e intensos que precisam a cada momento serem resgatados, registrados, remetidos às profundezas da história a fim de que as raízes da tradição possam construir os fios que ligam passado, presente e futuro.
 
Portanto, como nos ensina a professora Clélia Brandão Alvarenga Craveiro, nesta hora, em que convivem no nosso interior os sentimentos de indignação e paixão, recorremos à importância da educação como direito individual e coletivo que tem o propósito de formar cidadãos com consciência local e planetária, que respeitem a autodeterminação dos povos, a preservação do meio ambiente e a soberania das nações. Ela deve envolver uma perspectiva de vida construindo novas relações entre o ser humano e o universo de forma solidária.